quarta-feira, 9 de outubro de 2024

Caminhando Juntos

Quando falamos sobre saúde, especialmente quando se trata de tomar uma decisão importante como a realização de uma cirurgia, é natural que o medo e a insegurança apareçam. Muitos dos meus pacientes que lutam contra a obesidade grave compartilham dúvidas e receios semelhantes. Hoje, gostaria de falar sobre o caráter humano dessa jornada, a conexão entre médico e paciente, e como juntos podemos buscar o melhor caminho para melhorar a saúde e a qualidade de vida.

 

A relação entre médico e paciente não é apenas técnica ou feita de procedimentos clínicos. É uma relação que deve ser baseada em confiança, compreensão e empatia. Quando você, paciente, decide buscar uma solução para a obesidade, não está apenas procurando um tratamento para perder peso; está buscando a chance de viver melhor, com mais disposição, menos dores e mais liberdade para fazer o que ama. Eu entendo que esse processo é difícil. A obesidade não é uma questão de falta de vontade ou de esforço, é uma condição complexa que afeta o corpo e a mente, e muitas vezes é acompanhada de julgamentos e preconceitos que fazem com que se sinta isolado ou culpado.

 

Como médico, meu papel é estender a mão e garantir que você nunca esteja sozinho nesse caminho. A cirurgia bariátrica, para muitas pessoas, não é uma escolha fácil. Ela carrega consigo o peso do desconhecido, mas também a esperança de uma nova vida. Por isso, meu compromisso é o de estar ao seu lado desde o primeiro dia, oferecendo informações claras, apoio em todas as etapas e, acima de tudo, respeitando sua individualidade e suas escolhas. Minha prioridade é a sua segurança e bem-estar, e juntos podemos entender se essa é a melhor solução para você.

 

Cada paciente tem uma história única, e meu trabalho é escutar e entender a sua. Quero que você saiba que a cirurgia não é um atalho, mas sim uma ferramenta que, se bem utilizada e acompanhada, pode proporcionar a mudança que tanto deseja. Eu vejo, todos os dias, como essa decisão pode transformar vidas: pessoas que antes não conseguiam subir escadas sem se cansar, que tinham vergonha de se olhar no espelho, ou que não conseguiam brincar com seus filhos, hoje podem aproveitar cada momento com mais alegria e menos limitações. Essas histórias são de coragem, e elas começam com uma conversa sincera, sem julgamentos.

 

Se você está em dúvida, eu convido você a conversar. A buscar informações e a tirar suas dúvidas. Não há pressão, não há decisão imposta. Apenas o desejo genuíno de ajudá-lo a encontrar um caminho que faça sentido para você, para a sua saúde e para o seu futuro. A obesidade não define quem você é. Você é muito mais do que um número na balança. E, juntos, podemos descobrir formas de transformar sua saúde e sua vida, respeitando seu ritmo e suas escolhas.

 


quinta-feira, 25 de julho de 2024

A História de Elisa Pode ser a sua.

Elisa sempre fora uma criança ativa e alegre, mas com o passar dos anos, ela começou a ganhar peso de forma descontrolada. Aos trinta anos, ela já estava extremamente obesa, pesando mais de 150 quilos. Sua saúde estava se deteriorando rapidamente: diabetes, hipertensão, problemas nas articulações. Cada visita ao médico parecia trazer uma nova má notícia.

A vida de Elisa girava em torno de sua luta constante com a balança e os comentários cruéis que ouvia nas ruas e até mesmo de conhecidos. "Você deveria se cuidar mais", diziam alguns. Outros apenas olhavam com desaprovação. Mas ninguém sabia o quanto ela já havia tentado de tudo: dietas, exercícios, medicamentos. Nada parecia funcionar.

Um dia, ao sair de mais uma consulta médica, Elisa estava desanimada, quase sem esperanças. Sentou-se em um banco de praça e começou a chorar. Foi então que uma senhora, de cabelos grisalhos e sorriso acolhedor, se aproximou e se sentou ao seu lado.

— Você está bem, querida? — perguntou a senhora.

Elisa, sem conseguir segurar as lágrimas, contou sua história. A senhora, chamada Dona Célia, ouviu tudo com atenção e, ao final, disse:

— Minha neta passou por algo parecido. Foi muito difícil, mas ela encontrou um caminho que a ajudou a controlar a obesidade. Eu conheço um lugar onde tratam isso de uma forma diferente. Eles focam não só na alimentação, mas na mente e no espírito também. Se você quiser, posso te levar lá.

Desesperada por uma solução, Elisa aceitou. No dia seguinte, Dona Célia a levou a um centro de tratamento holístico. Lá, Elisa foi recebida por uma equipe multidisciplinar: médicos, nutricionistas, psicólogos e terapeutas. Eles a ouviram com paciência e carinho, algo que Elisa não estava acostumada. Elaboraram um plano de tratamento personalizado, que incluía uma reeducação alimentar, sessões de terapia e atividades físicas adaptadas às suas limitações.

Os primeiros meses foram difíceis. Houve momentos de desânimo e recaídas, mas Elisa persistiu. Com o tempo, ela começou a ver alguns resultados. Perdeu algum peso, suas taxas de glicose e pressão arterial melhoraram um pouco, mas a perda de peso era muito lenta e insuficiente para resolver seus problemas de saúde mais graves.

Em uma consulta com seu médico, Elisa ouviu pela primeira vez sobre a cirurgia bariátrica. Inicialmente, ela estava relutante. A ideia de uma cirurgia era assustadora, e ela temia os riscos e o estigma associado a esse procedimento. No entanto, após várias conversas com seus médicos, sua família e as pessoas do grupo de apoio, Elisa decidiu que era o melhor caminho a seguir.

O processo foi longo e envolveu muita preparação. Elisa passou por avaliações psicológicas, consultas com nutricionistas e reuniões com cirurgiões. Eles explicaram os benefícios e os riscos da cirurgia, bem como a necessidade de um comprometimento vitalício com uma nova forma de vida.

Finalmente, no início do ano seguinte, Elisa foi submetida à cirurgia bariátrica. A recuperação foi desafiadora, mas ela estava determinada a fazer tudo certo. Seguiu rigorosamente as orientações médicas, mudou seus hábitos alimentares e manteve as sessões de terapia para lidar com as mudanças emocionais.

Os resultados foram impressionantes. Nos meses seguintes, Elisa começou a perder peso de forma significativa. Sua diabetes entrou em remissão, a pressão arterial se normalizou e as dores nas articulações diminuíram drasticamente. Pela primeira vez em muitos anos, Elisa se sentia saudável e cheia de energia.

Dois anos depois, Elisa estava irreconhecível. Não apenas fisicamente, mas emocionalmente. Ela havia perdido grande parte do peso que tanto a afligia, mas, mais importante, havia encontrado um equilíbrio e uma paz interior que nunca pensou ser possível.

Certa tarde, enquanto caminhava pela mesma praça onde havia encontrado Dona Célia, Elisa viu uma jovem sentada no banco, chorando. Sem hesitar, ela se aproximou e sentou-se ao seu lado.

— Você está bem? — perguntou Elisa com um sorriso acolhedor.

E assim, o ciclo de ajuda e compaixão continuou, mostrando que, mesmo nos momentos mais sombrios, há sempre uma luz que pode nos guiar de volta ao caminho da saúde e da felicidade, e que, às vezes, encontrar a solução envolve tomar decisões difíceis, mas necessárias, para recuperar a vida e o bem-estar.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

Obesidade está ligada a mais de 1200 tipos de Câncer

Pesquisas recentes sugeriram uma ligação entre a obesidade e mais de 1.200 tipos de câncer.  Estima-se que até 14% de todas as mortes por câncer em todo o mundo podem ser resultado de excesso de peso corporal e inatividade física, representando cerca de 544.300 pessoas por ano.  O tecido adiposo (gordura corporal) atua como órgão endócrino ativo, liberando hormônios e fatores inflamatórios com potencial carcinogênico.  Em nível molecular, o aumento da produção de insulina devido ao excesso de peso corporal pode levar ao aumento do crescimento celular, o que pode alimentar a tumorigênese.  Acredita-se que as alterações nos níveis de hormônios sexuais associados à obesidade desempenhem um papel em pelo menos quatro tipos de câncer – câncer de ovário, endométrio, mama e colorretal.  Essas correlações sugerem a necessidade de melhores técnicas de prevenção e estratégias de saúde para reduzir os riscos apresentados por diagnósticos de câncer relacionados à obesidade em todo o mundo. Controlar a Obesidade com tratamento clínico medicamentoso, alteração nos hábitos de vida, controle da ansiedade e Cirurgia Bariatrica é fundamental na diminuição da incidência do Câncer.



terça-feira, 10 de janeiro de 2023

A realidade não dita da obesidade A obesidade não é uma doença – é um sintoma

A obesidade é uma realidade muito comum no Brasil  e em todo o mundo.  À medida que as taxas de obesidade continuam a aumentar, o discurso público geralmente se concentra em problemas médicos e biológicos associados ao aumento da obesidade.  No entanto, muitas vezes existe outra realidade que é negligenciada e não dita – ou seja, como essa condição cria uma miríade de questões sociais que se manifestam dentro das comunidades.  Esses problemas podem variar de sentimentos de vergonha ou insatisfação corporal a espaços físicos de exclusão, comentários de julgamento, discriminação no trabalho, estigma na saúde e preconceito em relação a indivíduos com excesso de peso por colegas, familiares ou mesmo profissionais de saúde.  À medida que as conversas em torno da obesidade aumentam em volume e complexidade em toda a sociedade, é essencial considerar todo o seu impacto nos indivíduos afetados e criar soluções com base na compreensão das forças sistêmicas mais amplas em jogo. Assim a abrangência do tratamento é multidisciplinar pois o sintoma Obesidade necessita uma serie de abordagens terapêuticas diferentes. 


Os perigos da obesidade e da epidemia de Obesidade!

A obesidade é um sério problema de saúde pública e a epidemia desta doença é uma das principais causas de preocupação nessa área. Todo esse contexto tem sido associado a um risco aumentado de doenças como hipertensão, doenças cardíacas, derrame, diabetes tipo 2, apneia do sono e certos tipos de câncer.  Outros impactos incluem efeitos psicológicos, como baixa auto-estima devido a problemas de imagem corporal, bem como sofrimento psicológico.  A obesidade também pode levar ao aumento da mortalidade, uma vez que indivíduos obesos tendem a ter expectativa de vida mais curta do que indivíduos não obesos.  Portanto, é importante entender os riscos associados à obesidade para desenvolver estratégias e intervenções que possam ajudar a reduzir sua prevalência e melhorar os resultados gerais de saúde. Se você é obeso procure informações de saúde e auxílio para controle do peso. Essa atitude pode melhorar sua qualidade e expectativa de vida. 




quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Hospital Vera Cruz e UNIMED

Pessoal o Hospital Vera Cruz suspendeu o atendimento a pacientes UNIMED. Ficamos tão surpresos quanto vocês. Por enquanto estou atendendo no Hospital Madre Teresa 33398000. E estou credenciando outro local que provavelmente vai aceitar agendamentos UNIMED a partir de 01/10 pelo telefone 36577090.


ABRAÇO A TODOS.


Ps - continuo atendendo UNIMED normalmente.